sobre:

uma celebração docartaz de cinema português.


projeto

O cartaz de cinema é – na sua génese – um artefacto efémero: fisicamente o seu tempo de vida é delimitado pelo período de exibição de um filme; digitalmente ele existe por breves segundos ou minutos nas partilhas de amigos e (des)conhecidos, ou de forma mais prolongada (e fragmentada) nas páginas das diversas companhias produtoras, distribuidoras e exibidoras. Imprimimos cartazes para combater esta fugacidade, para de algum modo relembrar mais frequentemente a sua beleza enquanto objeto gráfico e as memórias dos filmes que evocam.

Este projeto realiza uma curadoria de cartazes de cinema português, dos séculos XX e XXI, criando um repositório digital que congrega e celebra a excelência do design gráfico e do cinema nacionais que neles se encontra cristalizada. A seleção é, naturalmente, pessoal e subjetiva, apenas legitimada pelo profundo interesse por este artefacto, que tem sido o epicentro de um percurso académico e profissional iniciado há oito anos. Prepara-se, para o início de 2021, a defesa pública da tese de doutoramento sobre a história do design do cartaz de cinema português, da qual este website é um dos principais outputs.

Até lá inicia-se esta tentativa de preservar digitalmente os cartazes, na esperança de poder contribuir para uma maior valorização do seu papel – não apenas enquanto ‘cartazes’, mas pilares da identidade gráfica do filme, através de uma multiplicidade de meios físicos e digitais – e também do trabalho dos respetivos designers gráficos.

Cartaz de O Príncipe com Orelhas de Burro (António de Macedo, 1980). Design de Judite Cília.

autor

Igor Ramos é aluno do Programa Doutoral em Design da Universidade de Aveiro e investigador do ID+ Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura. No âmbito do seu Mestrado (2012-2014) e Doutoramento (iniciado em 2016), sob a orientação científica de Helena Barbosa, tem estudado a história do cartaz de cinema português e apresentado os resultados dessa investigação em diversas conferências nacionais e internacionais. Paralelamente tem trabalhado como designer gráfico do Cinema Trindade desde 2017, especializando-se na vertente cultural e de cinema, e colaborado com alguns realizadores nacionais no desenvolvimento da identidade gráfica dos seus filmes, com o Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira, e com a Academia Portuguesa de Cinema.

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